Controle Biológico
O controle biológico
consiste na introdução de inimigos naturais do(s)
organismo(s) alvo(s)/pragas no mesmo ambiente, como tentativa de
restaurar o equilíbrio no habitat. Esses inimigos podem ser
animais predadores, parasitas e/ou patógenos que atacam a
população do organismo considerado praga. Uma vantagem
dos inimigos naturais é a sua especificidade na escolha de
um hospedeiro, embora esta seleção nem sempre resulte
na erradicação das pragas.
A ordem Hymenoptera (vespas,
abelhas e formigas) é constituída por 18 espécies
de parasitóides importantes pelo fato de serem inimigos naturais
das baratas. Oito dessas espécies utilizam
ootecas de P. americana como hospedeiros para o desenvolvimento
de seus ovos, suas larvas e suas pupas.
Entre esses parasitóides,
pode-se exemplificar uma espécie que futuramente poderá
ser utilizadas para o controle dos blatódeos, a Aprostocetus
hagenowii. A presença desse micro-himenóptero
(A. hagenowii) poderá significar uma estratégia
para a redução das populações de P.
americana. Isso porque apresenta algumas características
que fazem dele, em teoria, um bom agente para o controle biológico
inundativo de P.americana, dentre elas: capacidade de parasitar
até duas ootecas por fêmea, fácil criação
e manipulação em laboratório, pequeno tamanho
e grande número de indivíduos produzidos por ooteca,
havendo registro da obtenção de 261 parasitóides
em um hospedeiro.
Esse parasitóide ainda
acomete ootecas de outros blatódeos, dentre eles: Blatta
orientalis, Eurycotis biolleyi, Parcoblatta spp.,
Neostylogypa rhombifolia, P. australasiae, P.
fuliginosa. Isso permite que seja usado no controle de várias
espécies de blatódeos, facilitando a manutenção
das populações desse himenóptero no ambiente.
Outro exemplo de himenóptero
parasitóide é a Evania appendigaster, conhecida
popularmente como vespa-bandeira (mede 1,5 cm, é preta e
tem um vôo lento). Esta espécie é um endoparasitóide
solitário de ootecas de baratas, ou seja, a fêmea desta
espécie deposita um ovo, que dará origem a uma larva,
no interior de ootecas. Essas larvas consomem os ovos da barata
e completam seu ciclo de desenvolvimento no interior da ooteca.
Por último, há
uma forma distinta para o controle das baratas em domicílio.
O controle consistiria na criação de aves (galinhas,
galos) em ambiente peridomiciliar, visto que, essas são predadoras
desses insetos.
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